Polícia

Alagoano suspeito de liderar esquema de R$ 1,5 bilhão cumpre pena livre

Ministro Dias Toffoli substituiu prisão preventiva por medidas cautelares
Por Redação 26/12/2025 - 13:10
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Divulgação
Alan Cavalcante do Nascimento nasceu em Arapiraca, no Agreste de Alagoas
Alan Cavalcante do Nascimento nasceu em Arapiraca, no Agreste de Alagoas

O empresário Alan Cavalcante do Nascimento, alagoano de Arapiraca e suspeito de liderar um esquema de corrupção no segmento de mineração em Minas Gerais e que movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão, passou a cumprir pena em liberdade após o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, substituir sua prisão preventiva por medidas cautelares.

Segundo as investigações, Alan teria recebido mais de R$ 225 milhões entre 2019 e 2024 fruto do esquema ilícito. A Polícia Federal, na Operação Rejeito, apontou que o grupo corrompia servidores para obter licenças ambientais fraudulentas, permitindo a exploração irregular de minério de ferro, inclusive em áreas protegidas. A organização também teria monitorado autoridades e lavado dinheiro obtido de forma ilícita.

A Operação Rejeito foi deflagrada na quarta-feira, 17, para investigar fraudes em licenças ambientais, propina a servidores e lavagem de dinheiro que movimentaram bilhões no setor de mineração em Minas Gerais. O empresário levava uma vida social agitada. Ele é dono de uma mansão de três andares em Maceió (AL), com piscina, heliponto, lago artificial e carpas no jardim, onde costuma promover festas para centenas de convidados com shows de artistas famosos.

O esquema de corrupção também teria beneficiado o ex-diretor da Polícia Federal Rodrigo de Melo Teixeira, o ex-deputado João Alberto Paixão Lages e Helder Adriano de Freitas, apontados como articuladores do esquema.

Toffoli determinou que Alan deve cumprir medidas que incluem o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do passaporte, recolhimento durante a noite e a proibição de se ausentar do estado ou do país. Além disso, ele não pode se aproximar em um raio de 200 metros de uma magistrada federal envolvida em processos relacionados ao caso.

Embora a Justiça tenha solicitado o bloqueio de R$ 1,5 bilhão, apenas R$ 27 milhões foram localizados nas contas dos investigados. Projetos vinculados ao grupo têm potencial econômico de R$ 18 bilhões.


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